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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Non basta aprire la finestra

Non basta aprire la finestra 
Per vedere i campi e il fiume. 
Non abbastanza per non essere cieco 
Per vedere gli alberi ei fiori.È inoltre necessario che nessuna filosofia. 
In filosofia non ci sono alberi non ci sono solo idee. 
C'è solo ognuno di noi, come una grotta. 
C'è solo una finestra si chiude, e tutto il mondo là fuori;
 E un sogno di ciò che si potrebbe vedere se la finestra era aperta, 
Che non è mai ciò che si vede quando si apre la finestra.
 
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.



Non si sa mai... Nunca sei...

Non si sa mai
Non si sa mai come si fa a trovare un triste tramonto.Solo se non è un tramonto di una notte.Ma se è un tramonto, mentre stava per essere un mattino?

Num dia excessivamente nítido


Num dia excessivamente nítido,
Dia em que dava a vontade de ter trabalhado muito
Para nele não trabalhar nada,
Entrevi, como uma estrada por entre as árvores,
O que talvez seja o Grande Segredo,
Aquele Grande Mistério de que os poetas falsos falam.
Vi que não há Natureza,
Que Natureza não existe,
Que há montes, vales, planícies,
Que há árvores, flores, ervas,
Que há rios e pedras,
Mas que não há um todo a que isso pertença,
Que um conjunto real e verdadeiro
É uma doença das nossas ideias.
A Natureza é partes sem um todo.
Isto é talvez o tal mistério de que falam.
Foi isto o que sem pensar nem parar,
Acertei que devia ser a verdade
Que todos andam a achar e que não acham,
E que só eu, porque a não fui achar, achei.

Alberto Caeiro